A UFSM inaugurou esta quarta-feira (8) um sistema fotovoltaico com armazenamento no bloco 60 da Casa do Estudante Universitário (CEU). A universidade descreveu a instalação como “um sistema pioneiro para prédios públicos no Brasil”.
“A principal diferença é o uso de um inversor híbrido, que, além de adequar a geração fotovoltaica para a rede elétrica, também gerencia um conjunto de baterias de íons de lítio, permitindo o armazenamento e a gestão da energia produzida,” a UFSM disse em comunicado.
A universidade instalou um novo sistema solar de 20 kWp no bloco 60 da CEU. Outro sistema de 10 kW também já está em operação no edifício Instituto de Redes Inteligentes (INRI). Uma bateria de íons de lítio com 10 kWh de capacidade foi integrada no sistema, totalizando um investimento de R$ 274,5 mil.
A universidade estima que os sistemas da CEU e do INRI devem gerar em torno de 3.200 kWh/mês, resultando em uma economia de pelo menos R$ 17,5 mil por ano em contas de energia elétrica.
Os sistemas fotovoltaicos também serão utilizados em pesquisas sobre o desempenho da geração solar ao longo do tempo, testes de diferentes estratégias de uso de armazenadores de energia, comparação dos perfis de consumo, entre outros.
Existe viabilidade técnica e econômica para instalar até 5.000 kWp de geração fotovoltaica no campus da UFSM, de acordo com o professor Mauricio Sperandio, coordenador do projeto. Tendo em conta as novas instalações, o campus já ultrapassou os 600 kWp.
A instalação híbrida faz parte do projeto de pesquisa e desenvolvimento “Valoração dos impactos da geração distribuída no equilíbrio econômico-financeiro da distribuidora com proposição de novos modelos de negócio e mudança regulatória nacional”, coordenado pela UFSM e financiado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e CEEE Equatorial Energia.
O projeto teve início em junho de 2020 e foi concluído em dezembro de 2022. Foi desenvolvida uma plataforma computacional para avaliar os impactos técnicos e econômicos da inserção da geração distribuída (GD) ao longo de 15 anos nos alimentadores da CEEE Equatorial. Também foram propostos novos modelos de negócio, como o uso de armazenadores e a comercialização dos créditos excedentes de geração.
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