WIN busca expansão para o Nordeste

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Com sede em Nova Iguaçu (RJ), a WIN distribuidora está estudando localidades para estabelecer um novo centro logístico no Nordeste, em Pernambuco. Até meados de 2022, a distribuidora concentrava 50% de suas vendas no Sudeste.

“O objetivo é atender melhor os integradores na região. Hoje a WIN já atende todos os estados do Brasil e a gente que atender com mais qualidade e agilidade. Quando estamos perto dos clientes conseguimos garantir uma entrega mais segura e também com um preço mais competitivo, são menos quilômetros a se pagar no frete”, diz a diretora comercial da WIN, Camila Nascimento.

Atualmente, a WIN já opera um centro de distribuição (CD) no Espírito Santo, onde monta os kits de equipamentos e envia para todo o país. O novo CD é portanto uma ampliação para atender melhor o Nordeste e parte da região Norte, detalha Camila.

A região Nordeste é a terceira com mais capacidade instalada de geração solar distribuída no Brasil.

Fonte: Aneel (consultado em 25/01/23).

A WIN teve um crescimento de 80% de vendas no ano passado, acima do crescimento do mercado solar em 2022, de 60%. Em 2022, as vendas da empresa chegaram ao equivalente a 160 MW. Já o mercado total de geração distribuída saltou de 9,5 GW acumulados em 2021 para 16,3 GW em 2022.

Baterias e módulos n-type

Para este ano, a companhia vê a possibilidade de aumentar as vendas dos sistemas com armazenamento. “O que o Brasil todo hoje está esperando é a regulamentação do híbrido. A gente tem inversores híbridos homologados, mas o uso ainda não é regulamentado, não se pode aproveitar as vantagens dos sistemas on-grid e off-grid ao mesmo tempo”, comenta Camila. 

Uma novidade no catálogo da distribuidora é o hibridizador da Solis, um equipamento que torna qualquer inversor apto a integrar baterias ao sistema fotovoltaico.

Atualmente a solução de armazenamento de energia com baterias é vantajosa para aplicações off-grid. Mas, com o início gradual da cobrança da tarifa de uso do sistema de distribuição dos sistemas conectados à rede, a tecnologia pode se tornar competitiva também para on-grid.

Entre os módulos, aqueles com tecnologia n-type e potência acima de 600 kW podem ficar mais comuns no mercado brasileiro ao longo do ano mas ainda não estão nos pedidos da distribuidora, avalia Camila Nascimento.

“O módulo de 550 kW é o que está sendo ofertado na China em larga escala e otimiza bastante o espaço dos telhados. O módulo de 600 kW já pode ir para as usinas de chão”, diz ela. A tecnologia n-type vem sendo mais muito ofertada, mas ainda é mais cara, segundo a diretor comercial. “Talvez no segundo semestre se torne mais interessante”, diz.

Para ela, a produção de células n-type ainda não ganhou escala suficiente. “Recebemos propostas, só que a oferta de células ainda é baixa comparando com o p-type, com mais fábricas na China. Para mudar a tecnologia, a fábrica precisa se adequar. E já se constatou que a célula n-type consegue mais eficiência. Mas nesse momento, em janeiro de 2023 não está fechando a conta, mas ao longo do ano o custo da célula pode cair” .  

Os módulos de 550 kW da JA Solar, são os produtos de topo da distribuidora, com “muita bancabilidade e alta eficiência de geração”. A WIN trabalha também com módulos ZNShine, que possui tecnologia de grafeno, que ajuda evitar aderência de sujeira no vidro; e da Shinefar, uma marca “de qualidade, com um preço de combate”.

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