O Brasil deve instalar 10,1 GW de capacidade de geração solar em 2023, de acordo com projeções da Absolar. Se realizado, esse seria o maior valor anual de novas instalações já registrado no país, levando a uma capacidade acumulada de 34 GW. Em 2022, foram adicionados 9,72 GW, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica.
Essa capacidade adicionada em 2023 deve demandar R$ 50 bilhões em novos investimentos e gerar 300 mil empregos. As projeções foram compartilhadas pelo presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, em entrevista à pv magazine global.
Geração centralizada acelera
Apesar de um volume semelhante de capacidade adicionada total, este ano deve ver um forte avanço da geração centralizada, compensando uma queda prevista nas instalações anuais de geração distribuída.
A estimativa da Absolar é que usinas de grande porte, aquelas construídas para atender a demanda de distribuidoras de energia ou grandes consumidoras no mercado livre, sejam responsáveis por adicionar 4,6 GW em 2023. No ano passado, foram apenas 2,6 GW.
À pv magazine Brasil, Sauaia disse que o crescimento atual é reflexo principalmente do avanço de contratos negociados por geradores fotovoltaicos no mercado livre de energia, que ganharam tração a partir de 2021. Com o crescimento esperado, o Brasil chegaria ao final de 2023 com 12 GW de capacidade acumulada de geração centralizada solar.
Evolução de nova capacidade adicionada de usinas solares centralizadas no Brasil
Geração distribuída desacelera
Já para geração distribuída, a projeção é que as novas instalações somem 5,6 GW em 2023, abaixo dos 7,12 GW instalados em 2022, mas ainda acima do adicionado em 2021. Com isso, a geração distribuída chegaria ao final de 2023 com aproximadamente 22 GW de capacidade acumulada.
O presidente da Absolar diz que as projeções são conservadoras. “O mercado está entrando em uma nova fase, de comunicar e explicar de forma simples para os consumidores sobre as vantagens de instalar uma geração distribuída. É um ano de adaptação“, avalia.
Além disso, ainda é possível que haja reflexos da corrida por pedidos de acesso antes da entrada em vigor da lei 14.300. Isto porque o consumidor que solicitou conexão de GD tem entre 120 dias e 30 meses para conectar o sistema à rede da distribuidora, sendo o menor prazo para usinas de até 75kW e o maior, para usinas com capacidade acima disso e de fontes despacháveis de energia.
Recentemente, a EPE publicou parte de seus estudos de longo prazo projetando que a GD some 37 GW até 2032.
Evolução de novas instalações de GD solar no Brasil
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